terça-feira, janeiro 31, 2006

Viragem de Carreira

Mário Soares foi visto recentemente na fila para o casting dos Morangos Com Açúcar. Treinava para o papel de Museu de História Natural.

segunda-feira, janeiro 30, 2006

Notícias do Frio



Nevou em Lisboa. Foi lindo. Não paro de pensar nisso para ver se esqueço este frio impossível.
Está tanto, tanto frio....acho que se me cortassem a luz, o frigorífico não descongelava. Nevou em Lisboa. Foi lindo.

A minha mãe escolheu o Domingo para viajar e resolveu passar por Fátima. Espalhou-se por lá ao comprido de tal forma que até pagou promessas que não fez... Digamos que ficou mais escura sem ir ao solário...
Ninguém deve ter conseguido captar, de forma mais eficaz, a atenção dos pastorinhos, pelo que presumo acordar um dia destes médica e casada com o filho adorado da amiga.
Pronto, estou a ser injusta. Presumo acordar e ter um óptimo emprego a fazer o que faço, casada com alguém adorável que faça lembrar o filho da amiga. O rapaz até é giro...
Põe-te boa.


terça-feira, janeiro 24, 2006

Post Utilitário

Aquele que me vejo obrigada a colocar só para que o post anterior apareça...

Há Loucos Para Tudo

A mulher e os quatro filhos de Pinochet manifestaram a sua indignação contra esses chilenos ingratos que não reconhecem o que o doce ditador fez por eles durante 40 anos.
Eu conheço um chileno que está grato, mas também está convencido que Pinochet é o nome do passarito que costuma vir pinocar com as passaritas nas grades da janela da sua cela acolchoada.

Rescaldo


Depois de Sócrates ter dado, literalmente, o corte a Manuel Alegre durante o seu discurso (a acrescentar à lista de “cortes” desta campanha), o PS lá se lembrou que o candidato “não oficial” é vice-presidente da Assembleia da Republica e seu Deputado.
Foi pena que tenha sido só agora, mas sempre ajuda a salvar a cara da vergonha de tão mau perder: “Não é o nosso vencedor, mas é um vencedor que é nosso!”
O próprio Sócrates declarou que foi por acidente que falou por cima de Alegre, e que quer ser amigo e brincar bem. Sócrates não gosta de perder a bola, mas agora é o outro menino que a tem: “Ok a bola não é minha, é tua. Mas não pode ser… nossa?”
Estas coisas de infantes mimados…
Manuel Alegre referiu o seu resultado revolucionário como sendo um “milagre cívico”, e eu passei a acreditar em milagres. E o homem nem teve de ganhar.
Soares parece ter-se enfiado num buraco. Nunca mais o vi…


Momentos:

Cavaco e Soares a tocarem bombo, imagens bonitas das suas campanhas que me deixaram emocionada.
Soares infelizmente pouco mais irá “bombar”, mas Cavaco, com a sua falta de ritmo crónica compensada por golpes vigorosos no bombo, tem potencial para fazer “um pandeiro” de certos rabos socialistas (expressão nortenha maravilhosa que, com prazer, tenho oportunidade de aplicar, e que significa basicamente, “f….-lhes o cu todo”. Há quem diga que até vão gostar….).

segunda-feira, janeiro 23, 2006

Alívio

Finalmente acabaram as campanhas e as eleições que já não se aguentavam. Já parecia uma telenovela. Desde pancadaria, a gafes e escândalos houve de tudo, até beijos húmidos, quase pré-adolescentes.
Tal como nas telenovelas podia-se perder alguns episódios sem que nada de demasiado surpreendente acontecesse, sem perder o "fio à meada".
Nesta fase final, a campanha já só parecia um insecto moribundo à espera de um último golpe de misericórdia. Alguns candidatos também.
O tempo foi um excelente carrasco e eu estou extremamente aliviada.

Novo Príncipe Encantado

Cavaco Silva recolheu a casa para festejar...
Não é certo que Portugal vá ficar maior, tal como não é certo que alguma parte do novo príncipe encantado dos portugueses o possa ficar.
Mas é bastante mais fácil dar-lhe o benefício da dúvida do que a Soares…

O 18º Presidente de Portugal


Cavaco Silva ganhou. Com o seu ar extremamente festivo, quase pareceu emocionado.
Jerónimo de Sousa leu. E até muito bem.
Francisco Louçã mostrou um áspero desagrado, não pela sua derrota mas pela vitória da direita. Parece mais motivado que nunca. Nada como um bom adversário que dê luta…
Manuel Alegre fez jus ao seu apelido, e com razões para isso. Criou um novo espaço na política portuguesa. Um espaço de vontade pública.
Mário Soares… Foi tão triste que a assistência não conseguia parar de bater palmas, tanto lhes custou ouvi-lo discursar a derrota.

(Marques Mendes falou do candidato vencedor “oriundo da nossa área politica”. Quer gabar-se de ter ajudado mas não quer “tirar vantagens partidárias”. Claro…)

quinta-feira, janeiro 19, 2006

O Político Profissional

Cavaco parece ter perdido popularidade.
Soares já parece acreditar nas sondagens...

quarta-feira, janeiro 18, 2006

Preguiça Civilizacional

Descobri um novo sinónimo de civilização:
Pastilha-para-a-loiça-que-não-é-necessário-retirar-da-saqueta.
Óptima para aqueles dias de muita loiça, que até já dói o polegar e indicador de tanto rasgar saquetas… essa actividade demoníaca, demorada e dolorosa.

Faz lembrar os comprimidos de sopa de legumes que são anunciados em revistas reles. O que são? Sopa de legumes em comprimido. Porque é que as pessoas não comem sopa de legumes em vez de comprimidos? A sopa de legumes não se faz sozinha! …

O que virá a seguir? Supositório que não é preciso tirar da caixa, vai caixa e tudo?

Funerária Eusako Taguita

Está farto da sua sogra? Planeia ver-se livre dela?
Faça-o! E ligue-nos! Resolvemos o assunto com descrição, rapidez e segurança. Encomende a sua Certidão de Óbito no conforto do seu lar e esqueça o médico!

Notas: Só se aceitam sogras com mais de 60 anos (para a certidão de óbito por “problemas cardíacos”) e, atenção, nada de espancar a sogra, não se aceitam cadáveres com marcas.
Consulte as nossas promoções: 30% para sogras com mais de oitenta anos.

terça-feira, janeiro 17, 2006

Barricada Desencravada (para rimar)

Os nossos GNR’s conseguiram não matar o homem que se barricou ontem, depois de arrancar a tiro um olho a um agente. Dizem que pela disposição para negociar.
Será que são mesmo uns queridos ou, para variar, as armas encravaram?

segunda-feira, janeiro 16, 2006

Neve em Bragança

A neve começou a cair generosamente no interior norte do país.
Automobilistas presos na neve declararam: “Só há um limpa-neves e dizem que está estragado…”.
Desculpas para gozar mais um pouco a hospitalidade.

Etiquetas Falsificadas


Paula Bobone no Herman Sic, a mulher que acha de boa educação chegar atrasada a jantares:
“Eu sou assim tão estranha?” É bastante, mas entendo a pergunta… Realmente a mulher barbuda dos Freak Shows é mais.
“Eu ‘tou-me a passar!” e “Você avacalhou demais.” são aparentemente expressões último grito da moda nos “círculos mundanos” do jet-set, e de extrema educação.

sábado, janeiro 14, 2006

A Origem Das Espécies

Em alguns estados americanos a Teoria da Evolução, de Charles Darwin, deixou de ser dada nas escolas por influência da Igreja.
Acho que têm dúvidas sobre a nossa origem primata....
Se porventura vissem esta fotografia, certamente iriam reconsiderar.






(Tirei esta foto de um blogue onde alguém se queixava de já poder ser um homem peludo e ter gajas em simultâneo. É bom que conheçam o poder da cera. Para não darem como garantida a falta de pêlo nas mulheres. Queria ver como era se as mulheres também não se depilassem...)

sexta-feira, janeiro 13, 2006

Cannabis, um Fenómeno Intemporal

Apareceu outro dia um artigo no Público cujo título era “Cristo curava com Cannabis”, o que vem corroborar uma teoria minha já antiga: a teoria de que Jesus foi o primeiro Hippie.
Senão vejamos:

- Jesus usava sandálias de couro singelas, de aroma muito particular, fonte de inspiração para a criação de certos queijos, cujo cheiro só foi possível aproximar da realidade vários séculos depois com o surgimento do movimento hippie.

- Jesus usava túnicas, indumentária muito fashion na época. Os hippies também usavam túnicas, não tanto por ser fashion, mas por facilitar o acesso aos genitais, permitindo realizar em plena via pública as mais avariadas actividades com um elevado nível de conforto.

- Jesus usava barbas e cabelos compridos, que por mera inércia, os hippies também vieram a adoptar.

- Jesus discursava sobre paz e amor. Os hippies também.

- Jesus e os discípulos andavam em bandos, tal como os hippies.

- No tempo de Jesus as pessoas viam coisas estranhas, que designaram de “milagres”.
No tempo dos hippies também havia muita gente a ver muita coisa.

- No tempo de Jesus as pessoas não eram muito adeptas da higiene pessoal. Os hippies também não.


A introdução da dimensão “cannabis” só vem ligar todas as pontas soltas desta teoria. A verdade é que a cannabis está para a zona em que Jesus circulou durante a sua vida, como a urtiga está para Portugal (ou seja, é aquela merda daninha que cresce por todo o lado). Só é natural que fosse utilizada.
Aliás explica todos os fenómenos acima descritos:

- Tanto no tempo de Jesus como no dos hippies o pessoal usava sandálias porque é bué lixado apertar atacadores quando se está com a broa.

- Usava-se túnicas em ambos os casos porque quando se está com a broa e não se pode estar nu, é a cena mais fácil de vestir.

- Os cabelos e barbas são compridos porque, adivinhem… Crescem! Essas coisas que acontecem enquanto o pessoal está entretido a apanhar umas broas…

- Falava-se de Paz e Amor em ambas as situações. È o que acontece algures depois de se fumar e antes de arrochar.

- A questão dos grupos é simples: não tem tanta piada apanhar broas sozinho.

- Se no tempo de Jesus, só com cannabis, o pessoal via milagres, imaginem o que não viam os hippies, que à cannabis juntaram o LSD. Eles tinham era outras designações para isso (alucinação, trip, etc..)

- Quanto à higiene pessoal, no tempo de Jesus não havia água corrente. Agora já há, mas com a broa o pessoal não se lembra.

quinta-feira, janeiro 12, 2006

Curta

Ao ritmo a que Mário Soares ameaça levar as pessoas a tribunal, não admira que os tribunais portugueses não consigam deixar de estar entupidos.

terça-feira, janeiro 10, 2006

Porque é que os políticos vão aos mercados?




Tive a oportunidade de ver Jerónimo de Sousa a fazer campanha num mercado e finalmente percebi porque é que os políticos gostam tanto dos mercados, e especialmente, das peixeiras.
As peixeiras são as únicas criaturas que, de tão habituadas a más tripas, olho esbugalhado, pele escamada (por vezes pouco fresca) e intenso cheiro a peixe, os conseguem achar bonitos e atraentes.

(Este post não seria possível sem a contribuição de uma querida senhora peixeira que dizia a Jerónimo, enquanto lhe dava beijinhos: “É tão bonito! É tão bonito!”
A ela, muito obrigado.)

A Administradora

Neidi Becker é uma brasileira que tem dado que falar.
A sua história parece um daqueles contos à americana em que, sem formação e sem qualificação, as pessoas conseguem aceder a um mundo privilegiado.
Eis alguns pormenores:

- Consta que Neidi trabalhava no C.C. Colombo, no restaurante “Sr. Bacalhau”, restaurante com um nome, por si só, apelativo para directores esfomeados.

- Foi subitamente contratada para exercer funções de Administradora do Depósito de Bens Penhorados do Ministério da Justiça (Vila Franca de Xira), função pela qual receberia cerca de 1700 euros.

- Curiosamente quem a contratou diz que trazia excelentes referências do “Sr. Bacalhau” (o que explica qualquer mal entendido e justifica plenamente a contratação) e que Neidi era responsável pela logística do bacalhau e do coirato, o que é exactamente a mesma coisa que gerir um Depósito de Bens Penhorados para o Ministério da Justiça.

- Os responsáveis pelo “Sr. Bacalhau”, dizem que mal a conhecem, que só trabalhou lá cinco dias, e que de facto trabalhava no “Sr. Coirato”…(então Neidi? É Bacalhau ou Coirato? Os directores pelos vistos não têm preferência.). Além disso era tão boa funcionária que nenhum dos restaurantes a parece querer de volta…

- Houve quem dissesse que a rapariga era perfeitamente qualificada para as funções de Administradora, mas veio-se a saber que Neidi é detentora de uma licenciatura em Geografia tirada no Brasil (que em Portugal pelos vistos equivale a uma licenciatura em Gestão. Começa com a letra G, é tudo a mesma coisa.) Também se disse que a Neidi era discreta. Acredito. Com treino qualquer um chia baixinho.

- A sua contratação foi feita por Ernesto (Desonesto?) Moreira, Director do Departamento de Administração Geral do Instituto de Gestão Financeira e Patrimonial (I.G.F.P.), sob a alçada do Ministério da Justiça. Pode-se observar com clareza a boa gestão financeira e a justiça da adjudicação sem concurso.

- A contratação foi conseguida com a aprovação do Presidente do I.G.F.P., António Morais (Amorais?).

- Ambos saíram de funções graças ao escândalo.

O digno Sr. Luís Salgado de Matos, na sua coluna jornalística publicada hoje, manifestou a sua indignação contra os “bufos” que denunciam estas situações, deixando no ar a possibilidade da rapariga até ser muito competente (fazer o quê, resta saber), o que até dá a ideia de que conhece muito bem a referida Neidi.
O que eu gostava de saber é: afinal quantos personagens com uma reputação a manter é que comem bacalhau e coirato nos restaurantes de centro comercial?

A verdade é que este caso só tomou tais proporções porque a rapariga é brasileira.
É sem sombra de dúvida uma situação de discriminação e xenofobia se tivermos em conta o caso, também recente, de Susana Dutra (3254 euros mensais para lançar o novo portal do Ministério da Justiça, que até agora é inexistente), de que pouco ou nada se fala.
Não é sequer possível estimar a quantidade de casos do género, uma vez que este tipo de institutos tem legitimidade para fazer adjudicações directas. Porquê? Porque no governo também há quem tenha filhas e sobrinhas estúpidas a precisar de emprego, porque alguns nascem com apelidos que abrem portas, porque há gajas que fodem bem, e porque nós vamos deixando.

Pessoal, “bufem-se”. Bufem-se de forma potente e sonora sempre que souberem deste tipo de compadrios e sempre que vos aparecerem situações injustas e imorais.
E torçam para que volte a haver em Portugal uma entidade que controle situações de uso indevido de poder e corrupção.
(Quem não deve não teme, Sr. Matos. Não se preocupe com as denúncias porque sem provas ninguém é condenado. Aliás, mesmo com provas às vezes é o que é...)

segunda-feira, janeiro 09, 2006

A casa de Garrett está mesmo a vir abaixo

Começaram as obras de demolição da casa onde Almeida Garrett nasceu, casa essa que além do óbvio valor histórico, tem grande valor arquitectónico (típica da época anterior ao terramoto de 1755, havendo já escassos exemplares deste género).
Espero que as pessoas e grupos que se têm erguido contra este absurdo, consigam alertar o nosso governo (acima dos interessados, que curiosa e bizarramente lhe pertencem) e a U.E. para o que se está a passar, e que ainda seja possível travá-lo.

Uma Questão de Saúde

Após alguns dias de ausência estou de volta. A ausência deveu-se a uma forte constipação que assolou completamente as minhas defesas imunitárias. Foi uma guerra dura, a lembrar o Senhor dos Anéis, e só com apoio de forças de outros reinos (anti-inflamatórios) é que o inimigo (vírus extremamente vicioso e desagradável) foi debelado.
Esta maleita precedeu exames físicos (check-up anual) que indicavam uma saúde de “ferro”, pelo que as estimativas pouco fiáveis não se resumem às sondagens eleitorais.
Porque me apetece, vou partilhar convosco um pouco da minha intimidade física e mostrar-vos o relatório médico do meu Rx abdominal:

“ Normal distribuição do padrão gasoso intestinal” – Sim, possuo actividades gasosas, mas moderadas…

“A sombra de densidade hepática estende-se abaixo do rebordo costal, aspecto de difícil valorização por o radiograma ter sido efectuado em ortoestatismo” – Ou seja, embora não beba, o meu fígado parece estar bem desenvolvido; mas, pode muito bem não ser nada e a tal sombra dever-se apenas às posições físicas estranhas (que nem lembra ao Kamasutra) em que os radiologistas me colocaram.

“Não observamos outros aspectos sugestivos de adenomegalias.” – Não sou adenomegalómana. É sempre bom saber.

“As linhas dos psoas estão patentes.” – Sem dúvida. Sempre gostei muito de Pessoa.

“Imagem de piercing projectando-se sobre L4.” – Acho que se estão a referir às velhinhas Renault. E é verdade. O meu piercing sempre gostou de uma ter uma boa projecção junto das 4L (a dona do piercing não goza de semelhante popularidade devido aos esparramanços, causadores de amolgadelas, sobre o capot).

quarta-feira, janeiro 04, 2006

Será que Garrett vai abaixo?



Carmona Rodrigues é favorável à demolição da casa que foi de Almeida Garrett e, ao contrário do que pensava há uns anos atrás, hoje acredita que esse edifício não tem qualquer interesse nem valor patrimonial.
A referida casa pertence hoje ao Ministro da Economia e Inovação, Manuel Pinho, também conhecido por “Pai do Choque Tecnológico”, homem que está no dinheiro como peixe na água (o seu historial é o de um verdadeiro Tio Patinhas), e que pretende fazer Garrett render construindo nesse local um prédio moderno.
Manuel Pinho vive no Príncipe Real e não é fanático por futebol.
Carmona e Sócrates parecem ser vizinhos dele.
Garrett não tem interesse porque não era um homem “moderno”, e se fosse vivo não iria render porque nunca se enfiaria dentro de uma casa com eles.

Campanhas

Nacionais:

Cavaco Silva diz não ter dinheiro suficiente para pagar um pacotinho de castanhas.
Está a tentar dar um ar de pobre e inspirar a compaixão portuguesa?
É um verdadeiro negociador marroquino?
Ou será que diz isso só para disfarçar porque realmente, como se tem dito, Cavaco não come?

Visita à casa de Manuel Alegre:
“Sou inconformista (…) fui perseguido”.
Pois é... Há coisas que nunca mudam.

Mário Soares, essa entidade pouco normal, foi de comboio até Queluz “para ver o que as pessoas normais fazem”.

Vinha eu no autocarro 35 quando, a descer Morais Soares, surgiu Jerónimo de Sousa e a sua comitiva “de meia dúzia de gatos pingados e três carros da polícia!” – segundo uma senhora que ia dois bancos à frente – “Se se justifica isto tudo!.. Três carros da polícia e tudo parado!” – segundo outra senhora lá mais atrás.
Realmente é um pouco excessivo. Jerónimo é mansinho e nem se assemelha muito ao King Kong.

Internacionais:

Toda a recente excitação na relação com os Palestinianos está a proporcionar a Ariel Sharon AVC’s múltiplos.
Os Palestinianos ficaram felizes por saber que o paraíso judaico não dá direito a virgens.
Sharon sabe e está a tentar manter-se vivo. Pede apoio para essa sua campanha.

segunda-feira, janeiro 02, 2006

Frase do Dia

"Estamos mais pobres porque não estamos mais ricos".
(Pacheco Pereira no programa Prós e Contras)

(Ou como estragar um bom raciocínio.)

Primeiro Bebé do Ano


Outro fenómeno marcante neste Ano Novo é o dos Primeiros Bebés do Ano, título honroso que se dá às criancinhas que nascem nos primeiros segundos do novo ano.
Claro que o verdadeiro Bebé do Ano é o que nasce no primeiro segundo, do primeiro minuto, do primeiro dia do ano, pelo que os bebés que nascem no segundo e terceiro segundos já não têm direito a espaço televisivo (embora possam aparecer todos no Correio da Manhã, até ao 10º bebé do pódio nacional).
De facto, neste país onde as pessoas se tornam famosas por coisa nenhuma, sendo que algumas apenas se limitam a nascer, não é de estranhar que exista tanta revista cor-de-rosa.
Isto dos bebés pode ser a explicação que eu (e muita gente) buscava para o fenómeno das “pessoas conhecidas que ninguém conhece”, mas que aparecem recorrentemente nessas revistas.
Imagine-se fotografia de poça de água da chuva disfarçada de piscina e guarda-sol gamado ao vendedor de gelados, mulher com ar de tia de ascendente duvidoso, dois putos ranhosos à porrada e indivíduo de camisa Sacoor no centro, com a seguinte legenda:
“Bons dias, eu sou o Efigénio Bastardo, de Cruz de Pau e sou conhecido porque fui o Primeiro Bebé de 1967. É possível que já não se lembrem de mim, na altura era mais bochechudo e mal cheiroso, sem contar com o facto de que grande parte do povo em 67 ainda não tinha televisão. O título de Primeiro Bebé do Ano ajudou-me a conquistar a minha mulher, esta maravilhosa criatura que conheci há uns anos lá para os lados do intendente, a fazer dela uma mulher respeitável, e a aparecer hoje nesta bela revista. Um Bem Haja aos criadores deste maravilhoso título, graças ao qual quase dou a ilusão de ser alguém. ”

Belo Ano de 2006

Este ano recém-nascido de 2006 começou em grande, com enormes manifestações de entusiasmo e muitos adeptos da cultura grega.
Quanto a esta última é de mau tom falar nisso, especialmente porque neste momento é hora de jantar, mas muito boa gente sabe do que estou a falar, e possivelmente ainda se encontra hoje com a garrafinha de Gurosan na mão direita e com a mão esquerda a segurar na própria testa.
Quanto às manifestações de entusiasmo, houve muito pouca abertura e tolerância em relação à forma como as outras etnias comemoram a Passagem de Ano. Refiro-me especialmente à cultura cigana que tem sido particularmente mal entendida quanto aos tiros de caçadeira que atira para o ar, e eventualmente contra a esquadra da PSP de Chelas, mas que não são mais do que manifestações de felicidade (por ventura com pontarias menos felizes). A cultura cigana não deveria ser assim reprimida. Parece-me muito mal. Quanto muito apresentem-lhes o fogo de artifício para substituir as caçadeiras e ensinem-lhes a usar, como alvo alternativo às esquadras, a cara do Fernando Pereira.
Fora de Portugal o Revéillon também foi festejado de forma acesa e ardente, especialmente nos arredores de Paris. Fez-se a festa com apenas 400 automóveis, podendo agora compreender-se o quanto contribuiu para o sucesso deste evento, o treino intensivo que decorreu durante algumas semanas no mês de Novembro. A isto se chama preparar-se para a festa com antecedência. Foi uma pena que os ensaios gerais tenham sido divulgados precocemente pelos media, o que de certa forma estragou a surpresa.

Também para começar bem o ano, Mário soares faz, neste momento, uma visita guiada à SIC para mostrar as suas 2006 bibliotecas intermináveis: a Política, a Contemporânea, a de Religião, a que se encontra na cozinha (deve ser miscelânea) e, ente outras, adivinha-se a de Casa de Banho - a Auto-Biografia do Cavaco (nada melhor para ajudar a limpar a tripa).