Post Reflexivo
O facto inverosímil de que eu tenha conseguido estar dez dias sem escrever merdas neste blog prova que é possível conter geniais formas de expressão com extremo potencial destrutivo.
Se eu tivesse dito aquilo que me passou pela cabeça depois de ler o que muito se escreveu por aí em jornais e blogs acerca dos cartoons revelar-se-ia a terrível verdade:
- Há muita gente que realmente não acredita ter liberdade de expressão
- Há muita gente que a quer usar mas não sabe
Em relação à primeira constatação, parece-me que quem mais gritou com medo de perder esta liberdade é quem menos acredita nela como dado adquirido.
O que esteve em causa nunca foi a Liberdade de Expressão. O que esteve em causa foi antes a sua utilização perversa, estúpida e ignorante.
Ou será que é razoável promover tipos de expressão que têm como consequência destruição e morte? Como é que a palavra Liberdade se sobrepõe à palavra Morte?
“Ah, mas os muçulmanos são loucos, violentos, primitivos e irracionais.” Até pode ser. E então se nós, tão superiores e evoluídos, sabemos isso, que raio é que estamos a fazer?
Porque é que continuamos a exigir pela agravação e pela força que sejam como nós?
Como é que, do alto da nossa superioridade moral e ética, estamos a dar o educativo exemplo?
Lembro que o último grande conflito racial e religioso, o Holocausto, começou com propaganda que incluía a divulgação de caricaturas perversas, destrutivas, generalizadoras e despersonalizantes dos Judeus.
“Pois é, mas neste momento quem domina o poder bélico somos nós, os justos, os bons…”. Os Nazis também acreditavam serem eles os bons…
Qual é o plano? Despoletar conflitos intratáveis e, como resolução, extermina-los a todos, esse Eixo-do-Mal repleto de suicidas, e crianças?
São loucos. Ya. E nós, que andamos a “meter o dedo na ferida” somos o quê?
Relativamente à segunda constatação, e para todos aqueles que pensam que os únicos limites para a liberdade são os da censura, lembrem-se que neste caso a censura não está nos que se revoltam, está naqueles que morrem por causa do que outros acham ser a sua liberdade.
As pessoas verdadeiramente evoluídas são as que aceitam a realidade como ela é (e os outros como eles são), mesmo que não concordem com ela e pretendam contribuir para a alterar, mas que agem de acordo com as condições dessa realidade, de uma forma construtiva e criativa, e não destrutiva ou potencialmente provocadora de destruição.
Liberdade sem responsabilidade, não se chama liberdade, chama-se abuso.
Se eu tivesse dito aquilo que me passou pela cabeça depois de ler o que muito se escreveu por aí em jornais e blogs acerca dos cartoons revelar-se-ia a terrível verdade:
- Há muita gente que realmente não acredita ter liberdade de expressão
- Há muita gente que a quer usar mas não sabe
Em relação à primeira constatação, parece-me que quem mais gritou com medo de perder esta liberdade é quem menos acredita nela como dado adquirido.
O que esteve em causa nunca foi a Liberdade de Expressão. O que esteve em causa foi antes a sua utilização perversa, estúpida e ignorante.
Ou será que é razoável promover tipos de expressão que têm como consequência destruição e morte? Como é que a palavra Liberdade se sobrepõe à palavra Morte?
“Ah, mas os muçulmanos são loucos, violentos, primitivos e irracionais.” Até pode ser. E então se nós, tão superiores e evoluídos, sabemos isso, que raio é que estamos a fazer?
Porque é que continuamos a exigir pela agravação e pela força que sejam como nós?
Como é que, do alto da nossa superioridade moral e ética, estamos a dar o educativo exemplo?
Lembro que o último grande conflito racial e religioso, o Holocausto, começou com propaganda que incluía a divulgação de caricaturas perversas, destrutivas, generalizadoras e despersonalizantes dos Judeus.
“Pois é, mas neste momento quem domina o poder bélico somos nós, os justos, os bons…”. Os Nazis também acreditavam serem eles os bons…
Qual é o plano? Despoletar conflitos intratáveis e, como resolução, extermina-los a todos, esse Eixo-do-Mal repleto de suicidas, e crianças?
São loucos. Ya. E nós, que andamos a “meter o dedo na ferida” somos o quê?
Relativamente à segunda constatação, e para todos aqueles que pensam que os únicos limites para a liberdade são os da censura, lembrem-se que neste caso a censura não está nos que se revoltam, está naqueles que morrem por causa do que outros acham ser a sua liberdade.
As pessoas verdadeiramente evoluídas são as que aceitam a realidade como ela é (e os outros como eles são), mesmo que não concordem com ela e pretendam contribuir para a alterar, mas que agem de acordo com as condições dessa realidade, de uma forma construtiva e criativa, e não destrutiva ou potencialmente provocadora de destruição.
Liberdade sem responsabilidade, não se chama liberdade, chama-se abuso.
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